Carta de reflexão

Eu hoje, em algum lugar do mundo.

Antigamente minha visão sobre o mundo era algo totalmente diferente. Acreditava que pessoas falsas era algo fictício e que maldade era visto só pela teve, naquelas séries que meu pai me proibia de ver, mas eu acabava sempre olhando escondida.

Certamente eu acreditava que o amor era um sentimento bom e que a unica dor que eu iria sentir era dos inúmeros tombos que eu caia. 

Não imaginava que a inveja podia fazer tão mal e destruir amizades, pra falar a verdade eu  pensava que amizades era algo imortal, triste engano meu.

Eu via o mundo com os olhos inocentes de uma criança onde o maior sonho era ganhar uma bicicleta e aquela boneca quase do meu tamanho.

Tinha planos, mas eram do tipo acordar as dez da manhã para ver o "pica-pau" ou ir para a escola brincar com meus amigos.

Tinha medos, mas somente do escuro e de dormir sozinha. 

Tinha dúvidas, mas era aquelas passageiras do tipo, com quem vou brincar amanhã.

A minha idade não me preocupava, que ser eu me tornaria não era algo complicado e ter uma profissão era somente de brincadeira.

Eu nem imaginava que tantas coisas eram boas e tantas outras tão ruins.

Eu pensava que as pessoas boas só morriam nas novelas e que o vilão nunca contracenaria uma cena de minha vida comigo.

As histórias que eu lia era do mesmo gênero da "Chapeuzinho Vermelho" e não essas com romances de anjos e vampiros.

O que eu escrevia era pequenas redações que a escola me exigia e não linhas e mais linhas de sentimentos e imaginações que hoje convivem juntos.

A um bom tempo atrás eu não imaginava que meu nome soaria bem e nem que meus amigos imaginários estariam sempre ao meu lado.

Não imaginaria que alguém precisaria de mim e que se eu chorasse de saudade de alguém, seria apenas de meus pais.

Nunca pensei que um dia faria planos de me casar e muito menos que minha filha imaginária pudesse se tornar um bebê de verdade.

Antes eu queria apenas , viver, sem medo, com meus sonhos.

Estranho, pois eu ainda desejo o mesmo, até hoje e quem sabe, até sempre.

Apenas de uma forma diferente, hoje eu não preciso chorar para ganhar o que quero.

Eu aprendi a lutar e conseguir por mérito próprio, diferente de um bom tempo atrás.

Minha infância me marcou, mas o tempo se encarregou de colocar tudo no lugar e a necessária mudança foi feita, não só na minha vida, mas na vida de muitas crianças.

O que passou, marcou, o que marcou me moldurou.