Momentos de desespero

Os sons ecoam na minha cabeça, folhas rabiscadas caem ao chão e com elas meus desejos se tornam cinzas.

Num desespero incontrolável minhas lágrimas evaporam e suplicam não voltar.

Lá da rua vem aquele som, algo que me descompassa rapidamente. É como se cada gota que cai lá fora sinta a mesma dor que eu.

O mundo vem abaixo em instantes e junto dele eu desejo ir, na mesma velocidade, para não poder me enxergar aqui.

O vento sopra e com ele eu quero que esse sentimento vá embora e que amanhã eu vejo o sol nascer e tudo que eu desejei se concretize.

Eu grito desesperada para que eu pare, porque eu estou me machucando cada vez mais.

Não eu não consigo parar, já cheguei até aqui, já machuquei corações imachucaveis, já feri minha própria alma.

Eu tento me esconder para que a escuridão não me veja, sim porque ela quer me levar junto. Mas meus olhos, meus próprios sentimentos me impedem.

Quero voltar, desejo voltar, ah é tarde demais.

Meu tempo passou, e agora o que vejo são nuvens ao céu, mas nuvens que não foram feitas pra mim, outro alguém está em meu lugar e agora eu vejo que perdi.

Apenas palavras que o tempo me fez escrever, tempo esse que eu espero não se repetir. É apenas um desabafo, erros, medos e recomeço.