Olhos nos olhos

O que eu acho da primeira impressão? Ela acontece, mas nem sempre prevalece.

Há um seis meses atrás em uma festa na minha cidade, onde eu estava acompanhada de alguns amigos, eu conheci um rapaz, foi algo do tipo coincidência demais, palavras bonitas demais, um jeito educado demais para alguém de apenas 21 anos. Lembro com detalhes daquela pessoa de olhos sérios, de palavras selecionadas, de muito conhecimento por tudo. Certamente o achei estranho e não tive interesse nenhum. Na hora não achei ele atraente e nem tão pouco bonito. E para falar a verdade a única palavra que eu achei pra decifrar ele foi, diferente.

Hoje eu digo que os minutos que eu vivi ao lado dele foram marcantes, por mais que aquela pessoa de alguma forma não me agradava por inteiro, acho que o seu mistério me prendeu.

Com o passar dos minutos fomos nos conhecendo mais e ele me demonstrou ser alguém totalmente diferente mesmo, de repente eu sabia tanto da sua vida quanto ele da minha. Até hoje me pergunto por que depositei tanta confiança em alguém que eu julguei não ser legal. Acredito que iríamos nos encontrar de alguma forma e que não importa quantas impressões eu teria dele, no final ele estaria onde está hoje.

Pra confessar, eu tenho medo de saber de verdade qual foi a primeira impressão que ele teve de mim, pois não fui muito simpática, talvez tenha sido um pouco chamativa demais, totalmente diferente dele.

O julguei sem conhecer, mas bastou os olhos nos olhos pra tudo mudar e hoje aquele cara que eu não achei atraente e nem tão pouco bonito, se tornou tudo para mim.

Aprendi que conhecemos mesmo as pessoas conversando.

Aprendi que assim como julgo, também sou julgada.

Aprendi que sempre temos que dar uma segunda chance pra tudo 

e se eu não fizesse isso talvez nunca fosse feliz.